Em meio às discussões sobre qual o melhor modelo tributário deve ser implantado no País, a Federação das Indústrias em Pernambuco (Fiepe) promoveu mais uma edição do Dia Sem Imposto. Comercialização de comidas e bebidas com desconto equivalente aos seus impostos e palestra do economista Samy Dana, além de um mini mercado onde é possível fazer a comparação do preço do valor final com e sem imposto, fazem parte do evento.
“Estamos há quatro anos promovendo este evento que a cada edição não deixa de ser um sucesso pela importância de mostrar para a população o quanto se paga de tributo em cima de um produto. No mini mercado, estarão expostos os produtos com os preços normais e quanto é pago com ele por imposto para que ele venha entender na prática a alta carga tributária que se paga", explica o vice-coordenador do Comitê de Jovens Empresários (CJE) da Fiepe, Rubem Martins.
Ainda segundo Martins, o que torna o excesso de tributação pior é a falta de retorno dos impostos pagos. De acordo com recente pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), entre os 30 países com maior carga tributária, o Brasil continua sendo o que proporciona o pior retorno dos valores para a população. Na comparação, a Irlanda segue, novamente, na liderança, seguida da Austrália, Suíça, Estados Unidos e Coréia do Sul, que são os que mais fazem a aplicação de maneira justa para a sociedade. Na colocação, o Brasil fica atrás do Uruguai e da Argentina. "Com base no estudo, é possível verificar o quanto a taxa de retorno desses impostos são tão irrelevantes. Afinal, mesmo pagando uma alta carga tributária, temos que custear nossa saúde, educação, segurança, entre outras obrigações que deveriam ser feitas com o resultado da arrecadação”, destaca o vice-coordenador do CJE.
Para o coordenador da CJE, Rodrigo Veloso, outro fator que agrava ainda mais a situação é o engessamento tributário. Por isso, ele defende uma reformulação urgente do modelo vigente do sistema. “Defendemos a necessidade de uma reforma tributária para estimular a produtividade e a competitividade das empresas. O atual sistema tributário brasileiro tem, por exemplo, vinte e sete diferentes legislações para o ICMS estadual e isso impacta consideravelmente a nossa capacidade de sobrevivência e expansão dos negócios”, acrescenta.
Fonte: https://www.folhape.com.br/economia/economia/economia/2019/11/23/NWS,123299,10,550,ECONOMIA,2373-FIEPE-REALIZA-EDICAO-DIA-SEM-IMPOSTO-QUARTA.aspx
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